domingo, 8 de janeiro de 2012

Farol de Alexandria



Quão vazia é uma mente que se fecha a tudo que pode entrar com medo de mudar...

Novas informações sempre são boas, novas idéias, novos argumentos, novos dados, novos conceitos, novas perguntas
Achar que pode existir um quebra cabeça de uma peça só
Crer que o que se sabe responde a tudo, e para cada lacuna forçar a forma oblíqua
Fazer tudo se ajustar ao que pensa e não o contrário
Limitar o próprio universo e sua compreensão do mesmo
Não querer aproveitar o sabor do mistério, a diversão da pesquisa
De cada lapidada no mármore bruto que é nossa visão de mundo
Cada acrescento na receita alquímica do conhecimento
Sem medo de dosar o negativo
Ouvir as críticas e colocar a prova a firmeza do muro construído
Do templo erigido a partir das idéias
Não ter medo de testar seu argumento contra os que vivem sobre uma fortaleza de certezas
Descobrir suas falhas de raciocínio
Trocar cada bloco falho por um novo mais sólido
Formar uma torre que te permita ver mais além
Ver mais além no espaço e no tempo
O que está além
O que pode vir
O que ficou para trás
Ligar os pontos
Tecer a trama
Mas não deixar nenhum nó que não posso ser desfeito
Para se refazer se for errado
Sempre aprimorar as ligações
Queimar e recriar caminhos para os neurônios
Adicionar filtros e mais filtros, lentes e mais lentes
Ver não só além, mas também mais profundamente
Mais perto
Com mais precisão

Ainda assim todos preferem alucinógenos, repostas fáceis e confusas para não ter que entendê-las e assim manter-se seguro em seu frágil abrigo, porém grande, monumental, com todos segurando suas paredes para não cair. Uma estrutura de massa humana, com medo de soltar e o teto cair-lhe sobre a cabeça. E esse abrigo não possui janelas, não podem visualizar a incerteza, a construção e renovação das mentes ao redor, com sólidas pontes, e grandes possibilidades.

Basta soltar, e moldar por sí próprio...
   

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